Glaucia Pereira do Nascimento e Lucas Silva Costa
04 de junho de 2024
Com um salto populacional de 81.675 habitantes para 148.873 habitantes no intervalo do Censo 2010 para o Censo 2022, Fazenda Rio Grande foi a cidade que mais cresceu em termos populacionais na Região Metropolitana de Curitiba. O aumento populacional veio acompanhado, também, de um crescimento da população negra. Mas, essa população vai poder usufruir do direito à cidade ou está sendo condicionada a uma segregação racial?
Essa pergunta é a base do novo artigo do Observatório das Metrópoles em parceria com o jornal Brasil de Fato, de autoria de Glaucia Pereira do Nascimento e Lucas Silva Costa. Eles procuram explicar os fatores que levaram ao aumento da população negra na cidade de Fazenda Rio Grande e, principalmente, discutir o direito à cidade tendo como base a perspectiva racial.
Um dos pontos-chave do texto “Enegrecimento da Fazenda Rio Grande: Uma análise dos Censos de 2000-2022” é o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Cerca de 17,2% das 113.734 unidades habitacionais populares em Fazenda Rio Grande são com recursos do MCMV. Além disso, a população negra compõe cerca de 70% dos beneficiários do Programa. Contudo, a lógica do Minha Casa, Minha Vida prevê a construção de moradias em locais mais periféricos e, no artigo, Glaucia e Lucas explicam que a Região Metropolitana de Curitiba sofre com uma lógica de segregação dos espaços urbanos.
Significa dizer que os eixos estruturantes da cidade, sobretudo em Curitiba, privilegiam o acesso aos equipamentos públicos como o transporte coletivo em regiões com maior valor comercial da terra e, portanto, ocupada por uma faixa da população que dispõe de mais recursos econômicos.
Um dos desafios, portanto, é garantir o direito à cidade para as populações da região metropolitana e considerar a perspectiva racial como uma variável importante da formulação das políticas públicas.
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